Pois é, senhores!
A Coréia do Norte domina os noticiários com os recentes testes nucleares por ela realizada com mísseis de longo alcance preocupando, assim, as grandes potências mundiais.
O que se deve ter em mente é que a Coréia do Norte é um dos remanescentes da ordem da Guerra Fria. Fundada em 1948 a Nação norte coreana se formou como sendo um país de influência socialista. Isso causou uma ruptura na península coreana e levou à Guerra da Coréia em 1950 pondo em definitivo uma divisão política-ideológica entre Coréia do Norte, área de influência socialista, e Coréia do Sul, área de influência capitalista.
O Socialismo coreano é bastante singular e pode-se dizer até dinástico. A sucessão de presidentes não se deu por voto direto nem por aclamação de um parlamento. Com a morte de Kim Il-Sung, fundador e líder nacional do país, em 1994, o sucessor na liderança norte coreana foi seu filho Kim Jong-il que, após alguns incidentes que evidenciaram uma saúde debilitada,
apontou que seu filho está próximo de sucedê-lo na presidência do país.
O sucesso nos testes nucleares colocam a Coréia do Norte no grupo das potências nucleares, o que, evidentemente, causa temor nas potências ocidentais, sobretudo os EUA. Todavia, a Coréia do Norte adentra o universo de armas de destruição em massa afim de se proteger e também mostrar a sua força militar dentro da Geopolítica da Asia.
Atente-se que o país é aliado da China, outra potência nuclear, e isso causa mais temor nos países que enxergam o crescimento econômico-militar chinês como uma ameaça à ordem vigente. Kim Jong-il já declarou que não cessará os testes nucleares e anuncia que continuará a fazer o enriquecimento de plutônio avançando as pesquisas para a utilização do urânio.
Se isso realmente ocorrer, a Coréia do Norte ainda ocupará os noticiários por um bom período, já que acontecimentos no campo militar alteram as relações de poder e arregalam os olhos das superpotências para uma possível ameaça aos seus interesses.
terça-feira, 16 de junho de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
A cúpula das Américas

O encontro entre os países do continente, realizado em Trinidad e Tobago no último final de semana foi um grande encontro de compadres. Os países da América do Sul impuseram suas posições e desafiaram as posições dos EUA, cujo presidente, Barack Obama, fez um aceno para mudanças nas relações de seu país com a Cuba de Raul Castro.
Cristina Kirshner e Daniel Ortega, presidentes da Argentina e Nicarágua, respectivamente, se manifestaram contrários ao embargo comercial americano imposto à ilha desde 1962.
Obama sinalizou para um diálogo com a ilha de Fidel Castro, porém apontou que a libertação dos presos políticos e o reestabelecimento da democracia são princípios básicos exigidos pelos EUA para qualquer aproximação.
Senhores, aí já está sinalizado que nada irá acontecer favorecendo uma aproximação entre EUA e Cuba visto que os estadunidenses não abrem mão de suas características imperialistas. Ao se referir a Cuba como sendo uma ilha ditatorial, mais uma vez os americanos usaram os argumentos dos tempos da Guerra Fria, onde os EUA se consideravam (consideram?) os paladinos da democracia e os defensores da liberdade, enquanto que os outros governos, ou melhor, os que lhe fazem oposição, e buscam novas alternativas de governança, são inimigos em potencial a serem isolados/eliminados de alguma forma.
Obama tem em suas mãos a possibilidade de mudar a política internacional dos EUA e o modo da superpotência se relacionar com o mundo. Todavia, o líder americano terá que fazer um verdadeiro malabarismo para alcançar uma harmonia nas relações internacionais e, de quebra, não perder popularidade junto à opinião pública americana.
Tarefa árdua e que, no contexto atual, onde o partido democrata retorna ao poder após 8 anos de dominio republicano, é provavel que as relações internacionais sofram alterações bastante modestas.
A cúpula não obteve êxito nem chegou a uma conclusão sobre qual será a política de cooperação entre as nações americanas para combater a crise internacional e impedir a desaceleração das economias. O que podemos dizer, com segurança, que o encontro foi um fracasso.
Mas chamou muita a atenção o encontro entre Chávez e Obama. O presidente venezuelano, que há muito vem se consolidando como uma forte liderança na América do Sul, ao se encontrar com Obama, a quem já fez severas críticas, estendeu-lhe a mão em sinal de amizade e na direção de uma relação mais harmônica entre Venezuela e EUA.
No segundo dia de encontro, Chávez deu de presente para Obama o livro As veias abertas da América Latina, do escritor uruguaio Eduardo Galeano. Um sinal de que Chavez pode perder a compostura, mas, jamais, a pose.
domingo, 6 de julho de 2008
Enquanto o mundo gira, gira e gira.... A Geografia....explica!
Pois aqui está, rapaziada!
Estamos inaugurando o blog Geografia em Questão. Aqui pretendo colocar algumas idéias, apontamentos e discutir assuntos relacionados ao mundo louco, louco mundo em que vivemos e temos que aprender a preservar por uma questão de sobrevivência.
A Geografia mudou muito o seu enfoque nos últimos anos. Há não muito tempo atrás, a ciência geográfica no âmbito escolar se primava pela decoreba. Decorar nome de rios, estradas, países, bandeiras.... daí, muitos duvidarem da sua validade e importância para a compreenssão do mundo.
Porém, como diz Lacoste, a Geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra. Os departamentos de Estado de vários países, sobretudo as potências militares, sabem muito bem o quanto o conhecimento geográfico é importante para conflitos bélicos e gerenciamento de áreas politicamente estratégicas.
No caso do Brasil, a Geografia é imprescindível. Principalmente quando falamos de um país com as dimensões do Brasil, que possui uma enorme variedade de paisagens vegetais bem como uma diversidade cultural sem igual em qualquer lugar do planeta.
"Quem não entende de Geografia, não entende o Brasil". Essa frase de Caio Prado Jr. vem a muito a calhar na análise do nosso país, terra de samba, pandeiro, alegrias, tristezas, esperanças e decepções políticas.
"A vida poderia ser bem melhor e será/ Mas isso não impede que eu repita: É bonita/ É bonita e É bonita."
Um viva a Gonzaguinha e o seu otimismo.
Estamos inaugurando o blog Geografia em Questão. Aqui pretendo colocar algumas idéias, apontamentos e discutir assuntos relacionados ao mundo louco, louco mundo em que vivemos e temos que aprender a preservar por uma questão de sobrevivência.
A Geografia mudou muito o seu enfoque nos últimos anos. Há não muito tempo atrás, a ciência geográfica no âmbito escolar se primava pela decoreba. Decorar nome de rios, estradas, países, bandeiras.... daí, muitos duvidarem da sua validade e importância para a compreenssão do mundo.
Porém, como diz Lacoste, a Geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra. Os departamentos de Estado de vários países, sobretudo as potências militares, sabem muito bem o quanto o conhecimento geográfico é importante para conflitos bélicos e gerenciamento de áreas politicamente estratégicas.
No caso do Brasil, a Geografia é imprescindível. Principalmente quando falamos de um país com as dimensões do Brasil, que possui uma enorme variedade de paisagens vegetais bem como uma diversidade cultural sem igual em qualquer lugar do planeta.
"Quem não entende de Geografia, não entende o Brasil". Essa frase de Caio Prado Jr. vem a muito a calhar na análise do nosso país, terra de samba, pandeiro, alegrias, tristezas, esperanças e decepções políticas.
"A vida poderia ser bem melhor e será/ Mas isso não impede que eu repita: É bonita/ É bonita e É bonita."
Um viva a Gonzaguinha e o seu otimismo.
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